Atividade Módulo 3 - Ciclo 4 - Corpos Mutantes

Corpos Mutantes


COUTO Edvaldo Souza (Org.); GOELLNER, Silvana Vilodre (Org.). Corpos Mutantes: ensaios sobre novas (d)eficiências corporais. 2. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.


A seguir, estão postados quatro comentários de alguns textos do referido livro.



Os Percursos do Corpo na Cultura Contemporânea


Malu Fontes


O artigo trata dos padrões estéticos do corpo no decorrer histórico e cultural, onde os novos estereótipos de beleza instituídos pela sociedade capitalista de consumo fazem parte do dia a dia das pessoas nos apelativos comercias e propagandas disseminados pelos meios de comunicação e informação, resumindo, o poder da mídia.

São apresentados os conceitos do corpo canônico e do corpo dissonante, o primeiro apresentando-se como o corpo ideal, desejável e divulgado nos meios de comunicação de massa, o segundo, refere-se ao corpo que destoa do que a mídia estabelece como padrão, que gera preconceito e reações de repulsa por ser diferente.

A autora destaca as estratégias utilizadas pela mídia ao se referir ao corpo feminino, geralmente jovens, que representam elementos essenciais pelos padrões estabelecidos, como juventude, beleza, sensualidade, vigor, padrões que ultrapassam a cultura local, vão além das fronteiras, seguem o modismo global.

Os novos padrões de beleza levam a ideologia caracterizada pelo hedonismo, adoração a si mesmo, onde as pessoas buscam as academias visando conquistar uma estética do corpo perfeito, o fetiche da moda, levando-as em alguns casos a utilizarem técnicas da medicina moderna, as cirurgias plásticas e o uso de substâncias químicas, a fim de atingir resultados mais rápidos.

É necessário repensar seriamente o que seria a cultura do corpo contemporâneo, haja vista que o modismo é temporário, os novos “padrões de beleza” são ditados pelo sistema capitalista.





Corpo, fragmentos e ligações: a micro história de alguns órgãos e de certas promessas



Ieda Tucherman


O artigo traz uma discussão entre relações existentes entre a modernidade e a atualidade a respeito do corpo, onde o cinema vem a enfatizar novas sensações, concepções, trazendo alguns dilemas que afligem as sociedades, que sofrem influência da biotecnologias, genética, nanotecnologia afim de chegar a um modelo de corpo perfeito, que supere o envelhecimento e prolongue a vitalidade.

A autora destaca as mudanças que vem ocorrendo no espaço tempo: a cultura urbana, estruturas e estímulos rodeando os lugares, o cinema e a propagação de novas concepções sobre o indivíduo e o seu modo de vida. Ela destaca os romances e os filmes policiais no imaginário das pessoas, enfatizando suas sensações.



Velhice, palavra quase proibida; terceira idade, expressão quase hegemônica: apontamentos sobre o conceito de mudança discursiva na publicidade contemporânea.



Annamaria da Rocha Jatobá Palacios



A autora apresenta como os anúncios publicitários vem substituindo a palavra velhice pelo termo terceira idade. Destaca também como as campanhas publicitárias vem tentando conquistar o público idoso, haja vista o grande potencial de consumo que este público vem se revelando nos últimos anos.

No mundo o número de idosos vem crescendo, o aumento da expectativa de vida está ligado aos avanços tecnológicos, especialmente na área médica, juntamente com o uso de novas vacinas, medicamentos, enriquecimento na qualidade alimentar, uma melhoria no saneamento básico proporcionando assim, um prolongamento na vida, o que provoca também outras alterações em diversos segmentos, nas políticas públicas, como também no setor privado, o marketing e a propaganda.

As campanhas publicitárias vem substituindo a palavra velhice, que muitos acham constrangedora, pois sugere o acometimento de doenças, morte, isolamento, inutilidade; para um termo mais brando, a terceira idade, que refere-se à velhice como mudança de atitudes e valores relacionados a autoestima e desenvolvimento pessoal, prática de atividades físicas, lazer e socialização nas universidades para este público.

O mercado da beleza e estética de olho no crescimento deste público, da terceira idade, se utiliza dos meios de comunicação para estimular o sonho da juventude eterna, onde as propagandas proporcionam estímulos e despertam o consumo dos mais diversos produtos e serviços.




Uma estética para corpos mutantes

Edvaldo Souza Couto



O artigo destaca o corpo como objeto da perfeição, onde a sociedade do consumo segue padrões instituídos pelo capital, a indústria da estética e cirurgia plástica que movimentam milhões por ano no Brasil.

O autor destaca como a tecnologia vem interferindo e modificando o próprio corpo, onde o ser humano busca o prolongamento da vida, o retardo no envelhecimento, o aumento do vigor e da resistência, a própria superação do “simples corpo humano” para um corpo dito como perfeito, estabelecido como padrão pelas corporações da beleza e da estética.

Os padrões de beleza considerados pela mídia estão constantemente mudando, seguem o interesse do capital, o qual se utiliza dos meios de comunicação de massa para criar falsas sensações para o consumo, estímulos que fazem do corpo humano cada vez mais artificial.

Comentários

  1. Olá Alex!
    Bem vindo a mais um módulo da especialização!
    Agora você pode aproveitar que seus colegas estão disponibilizando seus endereços, você pode fazer uma lista de blogs e ir acompanhando um a um! Ah, não esqueça de deixar um comentariozinho por onde passa, ok?
    Que tal começar falando um pouquinho sobre suas expectativas para este módulo?

    Abs

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